8 de fevereiro de 2007

BLAXPOITATION







Exagerados ou não, os filmes do hoje cultuado Blaxploitation, foram e sempre serão lembrados como uma alternativa de um cinema feito por e para negros. As discussões levantadas sobre o gênero surgido durante os
anos 70, nos Estados Unidos, para dar voz e cara aos atores, diretores, produtores e escritores negros, são diversas e os pontos positivos e negativos se intercalam. Exploração de estereótipos acusam alguns. Única forma de representação e participação, defendem outros. Como resolver se um movimento surgido em contraposição à Hollywood branca é positivo ou não? Longos são os sites e estudos dedicados ao movimento.

Moldados em situações e personagens clichês, também conhecidos aqui no Brasil, os filmes traziam o negro hora como o marginal sem escrupulos, hora como o herói salvador do povo. Os negros reais, donos de estórias
possíveis e verdadeiras nunca eram protagonistas dos filmes do gênero.

Uma única coisa é certa: os negros tomavam conta das telas e da estória durante os filmes. Richard pryor, Pam Grier, Fred "The Hammer" Williamson, Sidney Poitier, Harry Belafonte, Jim Brown, Bill Cosby, Richard Roundtree e
James Earl Jones são apenas alguns dos nomes mais famosos que passaram pela experiência do blaxploitation.

Apontado por muitos como o estopim do movimento, o filme Sweet Sweetback’s Badaaaass Song, de Melvin Van Peebles, que escreveu, dirigiu e atuou no filme, mostrava que o mercado norte-americano estava preparado para as produções negras. Custando apenas 500 ml dólares o filme atingiu a incrível marca de 10 mlhões de dólares nas bilheterias.

Surgiam os filmes posteriormente nomeados de blaxploitation. Com roteiros que valorizavam a imagem marginal do negro, os filmes traziam elementos do kung-fu, bandidos violentos, heroínas erotizadas, policiais duros e corrupto, brancos inescrupulosos e racistas e conflitos raciais para o cinema norte-americano. Protagonizados por negros, os filmes revelaram grandes heróis. Shaft, Cleoprata Jones e Foxy Brown são apenas os mais
conhecidos.

A música, outro elemento forte dos filmes, trazia para o cinema nomes como Quincy jones, Curtis Mayfield, Isaac Hayes, Manu Dibango e James Brown.

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